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Mesmo diante da paralisação do Porto de Itajaí durante todo o ano de 2023, a cidade litorânea de Santa Catarina se destacou como o principal polo importador do Brasil, segundo dados do MDCI. Esse feito foi impulsionado pela localização estratégica, infraestrutura logística, empreendedorismo local e incentivos fiscais, que permitiram a Itajaí superar grandes centros e alcançar o topo das importações do país.
Com empresas locais importando mais de US$ 13 bilhões no ano passado, representando 5,47% de todas as importações do Brasil, Itajaí se mantém como uma força econômica significativa. A Tek Trade, empresa focada em comércio exterior, em colaboração com o MDCI, identificou que a localização estratégica e a mão de obra qualificada foram fatores-chave para manter Itajaí na liderança, apesar do fechamento do porto.
A cidade atrai um grande número de empresas de comércio exterior devido às excelentes condições logísticas do Estado de Santa Catarina, que conta com cinco portos marítimos e está estrategicamente localizado no centro do Mercosul. A parceria entre governo e empresas privadas também desempenha um papel crucial no apoio ao comércio exterior em Itajaí, conforme ressalta Rogério Marin, presidente do Sinditrade.
Embora o porto tenha permanecido inativo ao longo de 2023, o Governo Catarinense proporcionou condições fiscais favoráveis, permitindo que empresas locais expandissem seus negócios em todo o país. Após a importação marítima, as mercadorias são distribuídas pelo país por meio da BR-101, que praticamente margeia todos os portos catarinenses.
A perspectiva é de que Itajaí teria alcançado resultados ainda mais expressivos se o porto tivesse operado normalmente em 2023. No ranking das cidades importadoras do Brasil, Itajaí liderou, seguida por Manaus e São Paulo. Mesmo em um cenário de redução nas importações em comparação com 2022, o desempenho de Itajaí destaca sua resiliência e potencial econômico em meio a desafios.
